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arte como resistencia

ARTE COMO RESISTÊNCIA

"Ninguém solta a mão de ninguém." Arte e política são conceitos que se entrecruzam.

Reportagem

Cindy Damasceno

Natali Carvalho 

Thays Maria Salles

O Arte Como Resistência é um projeto elaborado por três estudantes de Comunicação Social, habilitadas em Jornalismo, da Universidade Federal do Ceará: Cindy Damasceno, Natali Carvalho e Thays Maria Salles. Inspiradas na imagem que circulou nas redes sociais no fim das eleições de 2018, intitulada “Ninguém solta a mão de ninguém”, buscam compreender a arte e suas diferentes formas de expressão e como ela é uma ferramenta de resistência.

 

Nesse período pós-eleições, grupos minoritários se sentiram coagidos por conta do medo e de posicionamentos que ameaçavam sua existência. A imagem, então, surge como forma de apoio e empatia. A manifestação artística, nesse contexto, é uma maneira de grupos marginalizados serem ouvidos e representados. Além de dar espaço para sua diversidade e pluralidade. As produções artísticas e o ativismo revelam a força de seus autores, que fazem da arte desdobramento de suas lutas.

 

Não importa o período histórico, seja por meio de músicas, charges ou poemas, a arte serve como ferramenta de resistência principalmente em tempos sombrios. A subversividade e a transgressão partem não de tratar apenas da manifestação do belo ou do estudo das belas artes, mas também configurar a arte como canal de luta e não de passividade. Bem como os teóricos da comunicação, Armand e Micchèle Mattelart, afirmam: “no âmbito popular não existe apenas submissão, mas também resistência”.

 

Compreendendo a subjetividade humana é possível perceber a grandiosidade da arte em suas diferentes intervenções. O Arte Como Resistência perpassa a criação de álbuns, de coletivos feministas, da arte plástica e de festivais urbanos que traduzem lutas pertinentes à causa política e social e, num espaço interativo com o uso de duas plataformas - Instagram e Wix - exibe o artista e sua resistência, a arte.

FESTIVAL CONCRETO

arte

concreto

urbano

cidade.

Um espaço de intervenção urbana e produção artística, o Festival Concreto - Festival Internacional de Arte Urbana chega a sua quinta edição em Fortaleza. Entre os dias 16 e 24 de novembro, artistas nacionais e internacionais expressam sua arte na capital cearense. Numa interlocução entre as artes, o foco deste ano se concentra no Centro da Cidade, numa tentativa de democratizar o acesso à manifestação artística. Trata-se de ressignificar, aproximar e expor o coração da cidade por meio da arte como resistência.

 

Aproximadamente 38 artistas estarão presentes nesta edição, numa pegada transgressora de misturar e conversar as artes. Há uma relação de mesclar a arte com o concreto, com o urbano, com a cidade. Presença de músicos, como Fernando Catatau, que têm noção de artes plásticas e estão sendo capacitados pelo Festival, a fim de que possam criar os próprios murais. Neste ano também existe uma programação voltada ao público infantil, como a Carruagem Concreto, fazendo um trajeto até o Parque das Crianças e promovendo intervenções nesse espaço.

 

É sempre novidade, sempre novos artistas e novas produções. As paredes pintadas nas  edições anteriores são branqueadas para dar lugar à novas imagens. O tom misterioso de não saber o que será produzido já é característico do evento. Segundo Mayra Suspiro, assessora do festival, “o Concreto vem para repaginar, para dar uma nova inspiração às pessoas que passam pelo Centro e para que a gente possa pulsar novamente nesse local que é tão importante em Fortaleza”.

 

Nárcelio Grude é o idealizador e garante a gratuidade do evento, em parceria com a Amplitude - Escola de Arte Urbana, Flexos Artes e Instituto Ambiente Cultural e Inclusão Social (IACIS). Recebe apoio da Oi Futuro, Goethe Institut, Instituto Dragão do Mar e Porto Iracema das Artes e apoio institucional do Governo do Estado do Ceará através de Secretaria da Cultura do Ceará (SECULT), além da parceria com Viva o Centro, Instituto Iracema e Secretaria de Cultura de Fortaleza (SECULTFOR).

O Festival Concreto é o primeiro Festival Internacional de Arte Urbana realizado no Nordeste e que tem destaque e reconhecimento nacional e internacional, reunindo a cultura urbana de sete países das Américas e Europa. 

QUANDO?

O Festival Concreto acontece em Fortaleza pela quinta vez. Em 2018, o evento colocou o centro como protagonista

16 a 24 de NOVEMBRO

perfil

MÔNICA NADOR

arte

por

mulheres

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Mônica Nador é uma pintora, desenhista e gravadora. Formou-se na Faculdade de Artes Plásticas da Fundação Armando Álvares Penteado. Produzindo telas de grandes dimensões, a artista apresenta listras que se justapõem umas às outras sobre o campo da tela. Mônica realizou um trabalho que deu à sua pintura uma nova dimensão, abandonou a produção no ateliê protegido e distante do mundo para colorir as paredes de casas modestas da periferia.

 

A artista plástica Mônica Nador está presente na 5º edição do Festival Concreto - Festival Internacional de Arte Urbana. Suas intervenções são pautadas numa espécie de “autoria compartilhada”, que consiste na sua preocupação, enquanto autora, do distanciamento do grande público com o fazer artístico.

 

Criada em meio aos artistas de sua família, Nador acredita que essa segregação é culpa da nossa cultura europeizada. Nisso compreende a sua arte, na ruptura de padrões e na representação resistente da massa. “A gente, assim, que é transgressora, é a resistência. A gente sempre vai ser a resistência.”

CINDY

DAMASCENO

Graduanda em Jornalismo. Escreve para ela. Escreve sobre ela. Ás vezes, não escreve nada

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NATALI

CARVALHO

19 anos. Extremamente ansiosa e ainda perdida na vida. Um acúmulo de sonhos, misturados com tintas e fotografias. 

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THAYS MARIA SALLES

Graduanda em Comunicação Social - Jornalismo.  21 anos. Apaixonada pelo Barney e gatos em geral. 

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Universidade Federal do Ceará

Introdução às Técnicas Jornalísticas

Módulo de Webjornalismo

Professora Dahiana Ribeiro

Novembro de 2018

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